segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bla-bla-blá

É tudo uma questão de princípios; sopram-me ao ouvido com voz doce e, antes, no mesmo tom me disseram que no princípio era o Verbo.
Em tudo acreditei, mesmo quando me parecia que a bota não acertava na perdigota! Ás vezes, quando começava a estrebuchar um bocadinho, a Sra. Professora e catequista, célere conectava-me à terra fazendo enter no dogma da fé.

Olhando por cima do ombro, vejo uma catrefada de Verbos bem entrincheirados, ao serviço: da família, de nacionalismos, clubismos, senhoras flutuando sobre oliveiras, internacionalismos bolorentos, sei lá... chega de “fezadas”.

Confesso que a fé, quando dá jeito, muito facilmente é adoptada. No principio da CEE, quando o princípio, para além do Verbo era a VERBA, afadigávamo-nos a calar os Velhos-do-Restelo que uivavam aos quatro ventos: Essa história do Rei Midas não passa de mito, olhem que a tocarem em tanta fartura ainda desfazem o fígado e acabam na merda.

Mas o princípio da VERBA era forte e o pessoal em festa cantarolava docemente: Já fui ao Brasil... dando azo a deixa para ai és?
-Ai é? E eu a Cuba...
- Ai é? E eu às Honduras...
- Ai é? E eu aos States...
Assim por diante, ufano, cada um vangloriava-se da aplicação dos créditos bancários. Só não aguentei quando um primo afastado me disse que tinha passado quinze dias enfiado nas PIPIS!!!

Bom, se a festa ía boa pó pagode, imaginem as elites abrindo e fechando empresas para aplicação dos fundos comunitários... E os governantes, do central ao local? Gandas bombas topo de gama por aí a acelerar com batedores “abrir” caminho: Uhéeee, ninoni!
Tá claro que para tanta máquina aconselhava o bom senso que se construíssem auto-estradas, umas ao lado das outras servindo as preferências por paisagens marítimas ou mais bucólicas.

E agora, estamos no fim, o que será o princípio d’alguma coisa né?
Verbo ou VERBA? Venha o mafarrico e escolha qu’esta merda tem gaitas!

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